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Foto do escritorGetulio Tamid

Como o narcisista usa a critica para veladamente desvalorizar o codependente



A crítica é uma parte inevitável da vida, seja em relacionamentos pessoais ou em ambientes profissionais. No entanto, o impacto da crítica depende muito de como ela é feita e recebida. A crítica construtiva, quando bem aplicada, pode levar a mudanças positivas e fortalecer os relacionamentos. Por outro lado, a crítica destrutiva pode prejudicar as relações, desencadear defensividade e criar um ambiente negativo. Neste artigo, exploraremos as principais diferenças entre a crítica construtiva e a crítica destrutiva e como usar o retorno de forma eficaz.


O que é Crítica Construtiva?


A crítica construtiva é projetada para ajudar a pessoa a melhorar, concentrando-se em aspectos específicos de uma situação que podem ser mudados. Ela é dada com uma agenda clara e de forma que respeite a relação entre quem dá e quem recebe. Aqui estão os quatro principais componentes da crítica construtiva:


1. Especificidade - A crítica construtiva é específica para uma situação. Ela foca em comportamentos ou ações particulares, em vez de características gerais.


2. Possibilidade de Ação - Deve haver algo que a pessoa possa fazer em relação à crítica. É importante que o retorno inclua sugestões de melhoria.


3. Relevância - A pessoa que está dando a crítica deve ter o direito de fazê-lo. O retorno ou a devolutiva deve ser relevante para a relação e o contexto em que é dado.


4. Agenda Clara - O propósito da crítica deve ser claro, com um objetivo compartilhado entre quem dá e quem recebe. A crítica construtiva geralmente reflete um investimento na relação ou no sucesso da pessoa.


Por que a crítica destrutiva falha e afeta o codependente


A crítica destrutiva, por outro lado, muitas vezes falha em alcançar resultados positivos porque carece das qualidades do retorno construtivo. Ela é tipicamente:


1. Geral - A crítica destrutiva é vaga e não específica para uma situação, dificultando que a pessoa saiba como melhorar.


2. Inaplicável - Muitas vezes não há nada que a pessoa possa fazer para lidar com a crítica. Pode parecer mais uma condenação do que um conselho útil.


3. Irrelevante - Às vezes, a crítica destrutiva vem de alguém que não tem o relacionamento ou contexto apropriado para fornecer tal retorno


4. Agenda Incerta - O propósito da crítica geralmente não é claro, deixando a pessoa confusa sobre o que o outro deseja alcançar.


A linguagem da crítica destrutiva


A crítica destrutiva muitas vezes inclui rótulos (por exemplo, "Você é egoísta" ou "Você é imprudente") e o uso de palavras extremas como "sempre" ou "nunca" (por exemplo, "Você nunca lava a louça"). Esse tipo de linguagem pode desencadear uma resposta defensiva, dificultando que a pessoa ouça e melhore. Além disso, trazer terceiros para a conversa (por exemplo, "Todo mundo acha que você está errado") pode agravar ainda mais a situação e criar mais conflitos.


Como dar uma crítica construtiva


Vamos considerar um cenário comum: alguém que nunca lava a louça. A crítica destrutiva pode envolver dizer: "Você nunca lava a louça. Você é tão preguiçoso." Esse tipo de retorno é amplo, acusatório e pouco provável de resultar em mudança positiva. Em vez disso, a crítica construtiva poderia ser: "Percebi que a louça muitas vezes não é lavada, e isso está começando a me estressar. Podemos encontrar uma maneira de compartilhar essa responsabilidade de forma mais equilibrada?" Essa abordagem é específica, aplicável e convida à colaboração.

Crítica construtiva no ambiente de trabalho


Em um ambiente profissional, digamos que um funcionário prepare uma apresentação cheia de erros de digitação. A crítica destrutiva pode envolver o chefe gritando: "Você é tão descuidado! Isso é inaceitável!" Embora isso possa aliviar a frustração do chefe, não é provável que melhore o desempenho do funcionário. Em vez disso, o chefe poderia dizer: "Notei vários erros de digitação na apresentação. Preciso que ela seja revisada com mais cuidado na próxima vez. Como podemos garantir que isso aconteça?" Esse retorno é específico, aplicável e define expectativas claras.


A importância da autoestima na hora de dar crítica


Um ponto-chave a ser considerado é a conexão entre a forma como damos críticas e nossa própria autoestima. Quando não acreditamos que realmente merecemos o que estamos pedindo, nossa crítica pode sair como intransigente ou excessivamente agressiva. Por exemplo, se alguém cresceu em um ambiente onde suas necessidades foram minimizadas, pode achar difícil afirmar suas necessidades de forma eficaz. Isso pode levar ao ressentimento e a uma abordagem defensiva à crítica.


Reconhecer e transformar essas crenças centrais negativas pode nos ajudar a dar críticas de uma maneira que seja construtiva e mais provável de ser recebida positivamente. Trata-se de encontrar o equilíbrio entre afirmar suas necessidades e respeitar a capacidade do outro de mudar.


Pense seriamente nisso


A crítica, quando feita de forma construtiva, é uma ferramenta poderosa para o crescimento pessoal e profissional. Ao focar em ser específico, aplicável, relevante e claro, podemos garantir que nosso retorno seja tanto útil quanto respeitoso. E se nos encontrarmos do lado receptor de uma crítica destrutiva, entender as questões subjacentes pode nos ajudar a estabelecer limites e proteger nossa autoestima.


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