Sem dúvida a maternidade tem sido considerada uma das instituições mais sagradas do mundo desde os primórdios da humanidade, porém nem sempre podemos considerar que todas as mulheres são ou estão aptas a exercerem esse papel com entrega e dedicação total aos seus filhos.
Basta apenas digitar nos sites de busca sobre mães cruéis ou mães que assassinam filhos, que você vai encontrar centenas de sites fazendo referência à noticias de casos de infanticídio praticado por genitoras.
É claro que nestes casos anteriormente citados, estamos falando de condutopatia, ou seja, psicopatia, psicopatologia esta que, estabelece um parâmetro de julgamento que nivela os diferentes graus de crueldade em sua conduta.
Porém nem toda mãe psicopata mata seus filhos. Há mães, especialmente as com o transtorno da personalidade narcisista ou espectro borderline, que debilitam seus filhos, emocionalmente à conta gotas, causando enormes estragos na construção psíquica deste indivíduo.
Mães controladoras irão castrar seus filhos emocionalmente a ponto de eleger quais os filhos serão relativamente livres e quais serão escravos seus. Nessa dinâmica, elas elegem os filhos através de papéis funcionais e utilitarista a fim de que sirvam cada um à um propósito específico.
Alguns filhos e filhas serão aqueles que vão conquistar todas as coisas que a mãe não conseguiu conquistar, isto é, elas vão relativizar e projetar seus sonhos e esperanças frustradas nestes filhos. A internet está recheada de nomenclaturas que nunca foram cunhadas no âmbito acadêmico porém faz todo o sentido quando pensamos no significado deles. Por exemplo, estes filhos serão chamados de filhos de ouro, pois elas elegem estes para investirem pesado em sua formação tanto nas aptidões quanto na educação.
Outros porém, carregarão o fardo pesado da culpa. São os filhos chamados de bode expiatório. Tudo o que der errado na família, será culpa deles porque afinal, alguém tem que levar a responsabilidade de "pagar' pelos pecados.
Essa culpa é um tipo de angústia no inconsciente do codependente que remonta às neuroses. Estas neuroses nada mais são do que a tentativa de "poupar" o medo que é suspenso e ligado na formação de sintomas. Sendo assim podemos considerar o medo como o trauma do desamparo que se inicia no parto. Os sintomas são os muros que erigimos para tentar conter esses medos.
Todos nós estamos sujeitos à estes medos e sintomas porém quando se trata de uma pessoa com o transtorno da personalidade narcisista, essa angústia é elevada à um nível muito alto, fazendo com que esta pessoa seja um tipo de Dr Jekyll e Hyde, um tipo vampírico no qual sugam as energias e a vida se esvai aos poucos ao longo dos anos.
Os traumas carregados pelas filhas de mães narcisistas são de fato bem piores porque ela vai enxergar a filha no papel de bode expiatório como sua arqui-inimiga e vai fazer o máximo possível para manter esta filha em um tipo de cativeiro emocional através da invalidação no qual trará uma dependência psicológica que se agravará ao longo dos anos.
Essa filha dependerá ardentemente da aprovação de todo mundo mas principalmente daquelas mulheres que de alguma forma, lembrarão a figura autoritária e controladora da cuidadora ou da figura feminina que a criou.
Há vários tratamentos que amenizam a dor da invalidação e das feridas emocionais causadas pelo convívio com a mãe narcisista mas o mais importante é ser tratado por um terapeuta especialista no assunto pois há vários aspectos na dinâmica que são muito particulares e pertinentes à este tipo de trauma.
Temos psicanalistas especializados e experientes no assunto com conhecimento de causa e que pode te ajudar. Caso você necessite de ajuda, não hesite em entrar em contato através do nosso formulário de contato para dar continuidade no tratamento.
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