Um parasita é um organismo que vive às custas de outro organismo (o hospedeiro), geralmente causando algum tipo de prejuízo ou dano. A forma como um parasita age pode variar bastante dependendo do tipo de parasita e do hospedeiro em questão.
Em geral, um parasita se estabelece no corpo do hospedeiro e começa a se alimentar dele, utilizando os nutrientes e outros recursos que o hospedeiro disponibiliza. Isso pode levar a diversos sintomas e problemas de saúde, dependendo da gravidade e localização da infestação.
Essa é a definição pura e simples de um parasita que pode ser encontrado em livros ou artigos sobre Biologia ou Ciência. Mas em se tratar de relacionamentos, o quê seria um parceiro parasita?
Para começar é preciso que saibamos quem são os dependentes emocionais e como eles podem se tornar parasitas de codependentes.
Os dependentes emocionais são pessoas que têm uma necessidade excessiva de atenção, afeto e aprovação de outras pessoas, a ponto de se tornarem dependentes emocionais delas. Eles podem apresentar um medo intenso de serem rejeitados ou abandonados, o que os leva a buscar constantemente a aprovação e a presença de outras pessoas para se sentirem seguros e valorizados.
Essas pessoas podem ser dependentes emocionais de amigos, familiares, parceiros românticos ou mesmo de terapeutas ou profissionais de saúde. Eles podem se sentir ansiosos ou deprimidos quando estão sozinhos, e podem sentir-se vazios ou sem valor sem a presença ou a aprovação dos outros.
Os dependentes emocionais podem ter dificuldade em estabelecer limites saudáveis em seus relacionamentos, e podem se sentir muito magoados ou traumatizados quando são rejeitados ou abandonados por alguém em quem eles confiavam. Em alguns casos, essa dependência emocional pode levar a relacionamentos abusivos ou tóxicos, em que a pessoa se submete a comportamentos prejudiciais de outra pessoa, a fim de manter a sua aprovação e presença.
Muitas pessoas acabam abdicando de suas carreiras e aspirações vocacionais para se tornarem não somente emocionalmente dependente mas também financeiramente dependentes de seus parceiros. É claro que isso não se aplica somente a relacionamentos entre homem e mulher mas também a casais de variadas orientações sexuais.
Quando um dos parceiros tem o transtorno da personalidade narcisista, o dependente emocional se torna um parasita funcional pois este lhe serve de suprimento para os benefícios no relacionamento tais como subserviência, obediência e utilidade. Porém quando um dependente emocional se une a um codependente, esta relação se torna altamente e sutilmente tóxica, pois o dependente vai sabotar o progresso do parceiro em detrimento de suas realizações.
Dependentes emocionais parasitários tendem a não ir atrás dos seus sonhos e realizações por medo de sair da própria dependência e se tornar não mais útil ao parceiro/a. Sendo assim, essa pessoa deixará de estudar, trabalhar fora ou fazer qualquer coisa que possa ameaçar a sua dependência ao outro.
A consequência disso, o codependente vai sendo minado e suas forças vão se esvaindo conforme o tempo, desgastando assim, o relacionamento e causando até mesmo doenças psicossomáticas.
A dependência emocional pode causar ansiedade, estresse, baixa autoestima e até mesmo depressão. É importante reconhecer os sinais da dependência emocional e procurar ajuda profissional para aprender a lidar com esse padrão de comportamento e desenvolver relacionamentos saudáveis e equilibrados.
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